Beleza Corpo Mais recentes

Estrias: Quais os melhores tratamentos para suavizá-las?

02/10/2016

Entre as principais reclamações que surgem nos consultórios de dermatologia e clínicas de estética está, com certeza, a aparência das estrias. Ainda que exista quem saiba conviver com elas pacificamente e aceitá-las com mais naturalidade, são muitas as mulheres que se incomodam com essas cicatrizes e que procuram uma forma de deixá-las menos visíveis.

Untitled design (18)

As estrias aparecem normalmente em algum desses casos: fase de crescimento, gravidez ou ganho de peso muito rápido. Segundo a dermatologista Marcia Pontes, os “rasgos” na pele também podem aparecer após a colocação de próteses de silicone nos seios, por causa da distensão dos tecidos de forma abrupta.

Os lugares mais afetados são nas coxas, nos glúteos, no abdômen e nos seios. “Fatores genéticos certamente podem contribuir, embora isso não seja totalmente compreendido”, explica Paulo Barbosa, dermatologista de Salvador. “Portanto, se você tem casos de estrias na família, deve tomar cuidado desde jovem, evitando, por exemplo, o efeito sanfona e o ganho de peso excessivo na gravidez”, aconselha a Dra. Marcia.

Inicialmente, as lesões são avermelhadas ou rosadas, evoluindo, mais tarde, para uma tonalidade esbranquiçada. “As vermelhas, mais recentes, ainda não estão totalmente consolidadas, por isso, respondem bem aos procedimentos dermatológicos”, diz Érica Monteiro, dermatologista de São Paulo. Já as estrias brancas são como cicatrizes, ou seja, todo o processo inflamatório foi finalizado.

Profissionais aconselham que os tratamentos sejam iniciados o quanto antes forem percebidas as marcas, pois, dessa forma, é possível obter resultados melhores. “Nunca falamos em cura, apesar de algumas mulheres apresentarem uma recuperação significativa”, acrescenta o Dr. Paulo.

Entre os métodos para suavizá-las, estão desde cremes até cirurgia plástica. Este último caso é aconselhado, por exemplo, para quem tem muitas estrias antigas na barriga, causadas pela gestação, e quando há flacidez. A abdominoplastia é a cirurgia indicada para esse problema.

Entre os métodos mais utilizados para o combate às estrias estão:

Laser fracionado (para estrias novas e antigas)
A energia de lasers fracionados, como o CO2 e o Erbium, aquece a área e promove um dano controlado na epiderme e na derme com o objetivo de estimular a produção do colágeno. “A pele é renovada e há uma boa melhora na estrias que ficam menos evidentes e mais uniformes, tanto no aspecto como na coloração”, diz Paulo Barbosa. É necessária cautela no tratamento da pele morena ou bronzeada, pois há risco de manchar. São indicadas de três a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 30 a 45 dias entre elas.

Radiofrequência e infravermelho (para estrias novas e antigas)
Esses equipamentos não causam danos à epiderme, pois aquecem somente a camada superficial, estimulando o colágeno. “Além das estrias, eles garantem bom resultado na flacidez. Por isso, são especialmente recomendados para o tratamento de estrias no abdômen depois da gestação”, diz Paulo Barbosa. São indicadas de oito a dez sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 21 dias entre elas.

Peeling químico (para estrias novas e antigas)
Ácidos como retinoico, lático, tricloroacético, salicílico e glicólico promovem a esfoliação química da pele. “Há a renovação celular e a formação de novas fibras de colágeno na área das estrias”, fala Claudia Magalhães. São indicadas de cinco a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.

Microdermoabrasão (para estrias novas e antigas)
Também conhecido como peeling de cristal ou de diamante, é um tipo de peeling mecânico, que faz, por meio do atrito de microcristais ou de lixa com diamantes, uma esfoliação na pele de intensidade de suave a forte. Aplicado sobre as estrias, promove a renovação da pele e estimula a produção de colágeno na área tratada. São indicadas de cinco a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.

Preenchimento com ácido hialurônico (para estrias antigas)
“O produto é injetado nas depressões, preenchendo-as e nivelando a pele”, explica Érica Monteiro. E acrescenta: “Além desse benefício, o ácido hialurônico estimula a produção de colágeno, deixando a pele ainda mais uniforme e firme”. São indicadas de três a cinco sessões, dependendo da quantidade de estrias, com intervalo de 30 dias entre elas.

Divulsão dérmica (para estrias antigas)
Segundo Érica Monteiro, esse procedimento cirúrgico é o último recurso para as estrias mais velhas, largas e profundas. Aplicamos anestesia no local e provocamos, com uma agulha especial, rupturas no interior da derme, onde se localiza a estria. A agressão provoca um hematoma que acaba estimulando o aparecimento de colágeno novo”, explica. Cada estria é tratada individualmente, o que pode deixar o método bastante demorado e dolorido. São indicadas uma ou duas sessões por estria, com intervalo de 60 dias entre elas.

Manutenção de estrias em casa com creme

Seja qual for o tratamento escolhido, é fundamental aplicar, diariamente, cremes com ativos que ajudam a acelerar a recuperação da pele, além de contribuírem para a prevenção. Eles podem ser usados em conjunto, no mesmo creme, ou de modo alternado e devem ser associados a substâncias hidratantes, fundamentais para evitar o aparecimento de novas estrias. Os principais cremes são:

Ácido retinoico
Tanto para as estrias novas como para as antigas, é considerado o ativo mais eficaz. “Diversas publicações científicas comprovam que o retinoico promove a renovação celular e estimula a produção de colágeno”, diz Erica Monteiro. É o mesmo ácido usado em peelings, mas em concentração muitíssimo menor. Mesmo assim, pode causar irritação em pele sensível. Tomar sol enquanto estiver realizando este tratamento, nem pensar! Pois há o risco de manchar a pele.

Vitamina C
É mais suave do que o retinoico, mas também contribui para a produção de colágeno, só que com menos intensidade.

Ácidos glicólico e salicílico
Esfoliam a pele, estimulando a renovação celular e a penetração de outros ativos, como o ácido retinoico e a vitamina C.

SCA
É a sigla para Secreção do Cryptomphalus Aspersa, sendo conhecido como baba de caracol. Esse princípio ativo foi usado na recuperação das vítimas de queimadura do desastre nuclear de Chernobyl. Depois, passou a ser sintetizado artificialmente e empregado no tratamento de cicatrizes e estrias. Atua como regenerador da pele, mas é menos eficiente do que o ácido retinoico e a vitamina C, diz Erica Monteiro.

Ativos hidratantes
Segundo a Dra. Erica, esses ativos são fundamentais não só na prevenção como também na manutenção do tratamento. “Sem hidratação, não há método que funcione”, complementa Erica. Neste caso, existe um destaque para a vitamina C, a vitamina E, o D-pantenol, o ácido lático, o ácido hialurônico, o retinol, o óleo de semente de uva e o de rosa mosqueta.


Fonte:
M de Mulher